quarta-feira, 20 de julho de 2016

Ich Bin N!ntendo em Portugal


Os Noruegueses Ich Bin N!ntendo vão estar por terras lusas para promover o seu mais recente disco Lykke, editado pela Lisboeta Shhpuma. 
Oportunidade única para assistir aos explosivos concertos desta banda de culto da cena underground Norueguesa. Músicos super activos que participam também em projectos como Monkey Plot, Årabrot ou Moe. No seu percurso têm colaborado com figuras como o gigante Mats Gustafsson, o duo Skrap, o noise guru Lasse Marhaug ou o conceituado artista visual Greg Pope.

O projecto de Christian Winther (guitarra/voz), Magnus Nergaard (baixo elétrico) e Joakim Heibø (bateria) passará pelo Lusitano Clube em Lisboa, SMUP na Parede, Cave 45 no Porto  e encerra esta mini digressão no festival Milhões de Festa em Barcelos.

21/7 - Lusitano Clube - Lisboa - 22h
22/7 - SMUP - Parede - 22h
23/7 - Cave 45 - Porto - 22h30
24/7 - Milhões de Festa - Barcelos - 16h

Eles bem o anunciam na sua página do Facebook: o novo álbum dos noruegueses ICH BIN N!NTENDO é diferente do que fizeram até recentemente. Como assim? Bom, em vez do noise desbragado que ouvimos de Christian Skår Winther, Magnus Skavhaug Nergaard e Joakim Heibø Johansen desde o lançamento do seu primeiro disco em 2012, que tinha a particularidade de a eles juntar o saxofonista “free the jazz” Mats Gustafsson, o que agora domina é o post punk, aqui e ali convertendo-se em No Wave. Ainda que, em certas passagens, tudo se desmanche por compulsão experimental. No lugar do habitual “jamming” explosivo temos canções, embora o processo continue o mesmo: a improvisação. Não surpreende, de resto, que tenham tocado num evento a que se chamou Death Jazz. Se tal coisa realmente existe, é isto. O que continua também sem alterações é a energia. E agora até parece que com outra desenvoltura: passados quatro anos, o grupo respira de alívio pelo facto de não ter sido processado judicialmente pelo construtor de videojogos Nintendo. A pilhagem do nome deste ficou impune, e ainda bem, porque define o contexto cultural em que o projecto nasceu e a que pertence. Mesmo quando se desacelera na batida, todos os temas deste disco são desmesurados e alucinantes. Só apetece saltar e gritar, não de raiva, mas devido às boas vibrações que se vão soltando. Já não se trata de um “power trio”, este que pega no clássico triângulo entre guitarra, baixo e bateria. Isso é coisa de meninos. O que vem aqui é outra coisa, gigantesca.